terça-feira, 30 de dezembro de 2008



Boas noites.

Que raio hei-de escrever aqui? é uma pergunta pela qual faço-me sempre que quero postar algo no blog. O tempo nem sempre é muito e o que resta está sempre ocupado. Quero tempo para ler os post da Andreia! Sou completamente esquecida e esqueço-me deste espaço, nem me passa pela ideia.
De vez enquanto vêm-me perguntar: “ Então quando pões algo novo no blog ? “ Boa pergunta.

Será que hei-de falar da monotonia da vida? Das minhas arritmias? Do meu pânico a ligar instrumentos eléctricos à luz? Do Natal e da rua de Jesus? Das minhas tristezas ou das minhas alegrias? Da camisa que vi na montra da modalfa ? Hoje vou escrever algo diferente… enquanto andava eu a fazer hora para ir para o conservatório (sim, porque para quem não sabe agora ando no conservatório a tirar canto, embora acho que burro velho não aprende línguas … por acaso é fascinante o facto de ter aula de formação musical com miúdos do 5º ano e conseguir camuflar-me lá e eles perceberem mais daquilo do que eu . Das primeiras aulas perguntaram-me à saída da sala: “ Estás no sétimo ano ?” Aí está o facto evidente que demonstra que sou um camaleão ao lado dos miúdos da aula de formação musical . Fiquei de boca aberta quando me questionaram tal coisa, sei que sou pequena , mas pronto. Acreditem que fiquei a matutar naquilo durante bastante tempo e só me apeteceu chegar a casa e questionar a minha mãe : “Mãe porque nunca me compraste danoninhos ? “ Enfim. ) fui ao blog do David Fonseca e li que está então a fazer um leilão das suas all star, do megafone e do seu blazer que usou no concerto no Coliseu para angariar fundos para a AMI em colaboração com a Rádio Comercial. Achei algo mesmo incrível e positivo. O leilão já vai em 200 e tal euros, invejo mesmo quem ficar com as all star, enfim.

Queria fazer o último post de 2008 e aqui está.
Desejo por fim a todos os meus leitores um próspero Ano Novo, que entrem em 2009 com o pé direito e ah! Não bebam muito na noite de 31 para não começarem o ano ressacados, com dores de cabeça, apenas um concelho de amiga, aqui a Bá como não gosta de champanhe e não sou grande amante de bebidas alcoólicas vai ter com certeza um início de ano espectacular ao contrário de muitos que irão o passar o dia na cama maldispostinhos.

Quando ao ditado “Ano novo, vida nova” este não se vai aplicar ao meu blog, vou continuar pachorrenta para postar, ter imensas coisas para fazer e nem me passar pela ideia o blog, enfim o costume.

Se são amantes do Zodíaco aqui está o endereço do sapo http://astrologia.sapo.pt/previsoes/previsoes-2009/dossiers.html

Onde poderão saber o que 2009 vos reserva, ou não.

Enfim, vou-me calar por agora, até ao próximo ano meus amigos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

E tudo o vento levou


Estamos neste Mundo de passagem, o que nos é mais certo na vida é a morte, ninguém ficará cá. Para quem acredita e se para uns serve de consolo, a morte é só um começo. O começo de uma nova vida sem aflições, sofrimento ou algo que valha. De que importa todas as coisas fúteis no mundo? De que servem todos os mal-entendidos? De que vale ter um palacete e viver com o materialismo acima de tudo? Nada, de nada nos vale. Tudo é passageiro e tem um fim. De nada levamos connosco quando partimos deste mundo, sejamos crentes em Deus ou não. Levamos somente aquilo que fomos e praticámos na nossa vida. Que todos fossem humildes e se lembrassem disto todos os dias da sua vida, mas a verdade é que só lembram quando acompanham alguém falecido ou na maior das aflições. Nada nos vale ser gananciosos, ter tudo melhor que tudo e que todos, passar por “cima” das pessoas, ser um Senhor Doutor, ou uma Senhora Doutora se não é isso que transmite e faz de nós o que realmente somos.
Achei por bem desabafar aquilo que hoje sinto e penso com todos aqueles que lêem aquilo que escrevo, talvez eu vos consiga transmitir o que me vai na alma. Hoje leram na missa de corpo presente a Primeira Leitura de São Pedro, achei-a lindíssima e quero vos transmitir :


O Senhor é meu Pastor nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados.
Conduz-me às águas refrescantes
E reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas
Por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales
tenebrosos,
Não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
O vosso cajado e o vosso báculo me enchem de confiança.

Para mim preparais a mesa
À vista dos meus adversários;
Com óleo me perfumais a cabeça
E meu cálice transborda.

A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
Todos os dias da minha vida.
E habitarei na casa do Senhor
Para todo o sempre.

Vou ter saudades tuas João da Silva Ferreira, ou melhor… meu querido avô, que Deus te dê o descanso eterno ao seu lado, assim seja.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Andava eu a vasculhar o meu Blacky (nome do meu portátil, fofo né?) quando encontrei um género de diário do dia e decidi elaborá-lo em que se tornou nisto :

Agualva-Cacém

Quinta-feira, 24 de Julho de 2008

Já o Sol estava no alto quando me dignei a levantar da cama, eram 11 horas em todo Continente, Madeira e menos uma hora nos Açores. Acordei fazendo as caretas do costume e quando olhei para o relógio pensei:

“ 11 Horas? só?! Bárbara hoje acordaste cedo”

Sim, porque para acordar às 11 da manhã, para mim é relativamente muito cedo. Levantei-me da cama ainda com um olho aberto e outro fechado e caminhei até à cozinha, depressa verifiquei que me tinham abandonado, estava sozinha em casa – “Fixe”- foi o que pensei.

Achei por bem baixar o som da televisão que a vizinha do andar de cima ouvia sem querer o programa do Goucha ( sr. Amândio acha que toda agente ouve mal como ele )

Fiz o meu habitual cafezinho e bebi-o sem mais nada… é o que faz ir de férias com dois homens sem tarelo que não sabem que o pequeno-almoço é a refeição mais importante do dia e que acham por bem dar café às “crianças”.

A minha paz e sossego depressa terminou – A Joana chegou com o meu pai.

Trouxeram-me o que lhes tinha pedido para o almoço, achei por bem ser eu a fazê-lo, quando verifiquei que não me tinham trazido manteiga , enfim.

Comecei então a fazer o almoço – Galinha de Natas no forno.

Comecei por lavar a galinha, retirar-lhe as peles (que sabe-se lá onde estas galinhas alfacinhas andaram) e “deitá-la” sob o piréx. Dispus a cebola e por aí a fora (mais não conto que o segredo da minha galinha no forno irá comigo para o caixão! Salvo seja!)

O papá veio acender o fogão enquanto me fui vestir. Um aroma a esturro entrava pelo quarto a dentro, pensei eu: “ eu ainda nem pus a galinha no forno? “ Pois, o fogão de “tanto uso” tinha um cheiro característico, que sinceramente não o vou retratar aqui. A Joaninha deu-se ao desplante de pôr a mesa, o senhor meu Pai de fazer a salada e o puré. Tudo estava pronto para o almoço, foi então que o meu avô chegou.

Sentámo-nos na mesa a olhar para a minha galinha - que bom aspecto que tinha. Cada um se serviu e quando perguntei ao meu avô: “Então avô, que tal?” ele respondeu : “ uma coisa, não estou habituado a estes sabores”. Fiquei com o meu olhar sarcástico “ Uma COISA?! “ (Cá para mim ele não quis dar o braço a torcer ao dizer o quanto estava saborosa a galinha, enfim…)

Isto foi o relato do meu almoço deveras interessante (ou não…)

De seguida, fomos até à garagem… garagem esta a uns bons metrinhos de distância de casa, não como se vêm as garagens nas ilhas, só saltar da janela do quarto e já lá estamos. Para lá chegar é preciso primeiro passar por uma ruazinha, atravessar uma ponte que por baixo flui um género de ribeira, se é que se pode chamar tal coisa, imunda, cheia de cisco. Ao seu redor andam de volta os “pretos” característicos do Cacém (sim porque o Cacém parece a Terra das Oportunidades para as pessoas oriundas de África) a fumar que nem porquinhos, algo deveras interessante que complementa a paisagem da ribeira cheia de lixo. Tirámos o carro da garagem e fomos em rumo a Sintra, ou melhor, primeiro fomos ao cemitério.

Fui pela primeira e última vez ver a minha avó Bárbara, mas não é algo que com certeza queiram ler, nem eu relatar, por isso passando à frente fomos até Sintra, mas até lá chegar grande polémica que foi.

O papá já não estava habituado a tantas estradas, que na Terceira a única que existe e que toda gente conhece é a Recta da Achada, se é que se pode chamar recta, que com tanta curva e contracurva a tentar desviar dos buracos… mas enfim… já estou a fugir ao assunto. Como estava eu a dizer… o senhor Rui meteu-se na estrada errada - e para voltar para traz? Acreditem, não queiram meter-se na estrada errada que para voltar para traz é um cabo dos trabalhos.

Chegando a Sintra, fomos até ao palácio das Chaminés ou Palácio de Sintra, que pelo nome pensava eu ter muitas chaminés, afinal o nome provém porque tem duas enormes chaminés. (informação disponibilizada pelo Joãozinho quando cá veio mês antes de mim)

Bem, o palácio é mesmo muito bonito, se não o mais bonito que vi (dado que não fui ao da Pena). Que mais posso eu dizer sobre este palácio? Foi utilizado pela família real portuguesa até ao final da monarquia em 1910 e lá dei ou ia dando um grandessíssimo de um malho que montes de turistas oriundos da Alemanha, Inglaterra e do Cu de Judas ficaram todos a olhar para mim. De facto é deveras interessante a maneira como consigo captar a atenção das pessoas todas para mim, mas quiçá. De seguida fomos ao castelo dos Mouros, onde o carro não conseguia arrancar porque ficou preso sabe-se lá onde num passeio e um turista muito simpático veio ajudar a empurrar o carinho… (aventuras não faltaram neste meu dia )

Mais uma vez tive quase a cair, o castelo é deveras interessante mas não recomendo a pessoas como eu – desastradas – que tornei a cair.

De Volta a casa, não passamos pelo castelo da Pena que ficava pertíssimo, indo então em rumo até à praia do Guincho, em que a minha avó ficaria completamente de boca aberta e mandava rezar uns quantos Pai-nossos por todas as mulheres de mamas ao leu. A praia do Guincho é caracterizada pelos rapazolas que fazem surf , windsurf e por aí a fora. A água é tão gelada que o frio chega aos ossos. Lá bebi um ice tea e quando fui para pagar fiquei estupefacta com o preço – 1.70 €. Merendámos lá os famosos travesseiros de Sintra que o meu pai tanto gosta e eu acho que são apenas folhados.

De seguida fomos até Cascais – a terra dos ricos. É um género de Porto Martins, se é que há comparação.

E bem meus amigos é o que me lembro que de seguida só me lembro de acordar já no Cacém e cheia de sede, pois adormeci de boca a aberta -- que deve ter sido algo deveras interessante a todas as pessoas que me virem em tais figuras, enfim, não fosse eu a Bárbara.

De volta a casa, aterrei redondinha na cama e quando me levantei já o jantar estava no prato. De seguida fui ao meu momento prefiro do dia – assim que bate as 10 horas em Lisboa estou pronta para receber a chamada do Joãozinho que levará (pelo menos) duas horas de duração ( e falo a sério ) e bem… amanhã é outro dia, mais aventuras me esperam ( ainda mais )

Boa noite Bárbara, dorme bem (:


ps. Eu bem que faço parágrafos, eles é que são teimosos a aparecerem.

sábado, 8 de novembro de 2008

Margarida

Foi muito desejada pelos pais que viviam uma paixão ardente. Tudo estava pronto para o seu nascimento: as roupinhas, os biberões, a caminha, a chupeta, enfim essas coisas necessárias para o nascer do bebé. Margarida foi o nome escolhido pela mãe, que bonito nome! Talvez não soubesse o quanto o nome lhe iria estar proporcionado para a pessoa que era. Margarida, nome de uma singela flor que seu perfume encantava quem ao seu redor passava. Toda a família estava presente no dia em que nasceu, grande alegria pairava no ar! Tão pequenina que ela era, parecia a ser tão frágil, tal como a porcelana. Tinha os olhos azuis e o cabelo castanho, parecia-se com o seu pai, aliás, era a sua cara “chapada”. Manuel olhava a sua menina com ternura nos seus braços quando todos lhe queriam tocar, era ainda um rapaz de vinte e poucos anos, ainda cheio de acne na cara. Fátima estava radiosa com a sua bebé, toda a família estava. Esta, tinha sido sujeita a uma cesariana, pois não dilatou o suficiente, mas o parto correu lindamente. Após cinco longos dias no hospital Fátima voltou a casa, mas já com Margarida ao colo. Estava tão feliz, tinha ao seu lado o homem que amava e a sua pequenina, mas seria uma felicidade que não estava destinada a durar muito. Manuel após uma semana ao nascimento da sua filha teve que se ausentar por cinco meses para prosseguir com os estudos, tinha ainda vinte e quatro anos. Estes meses, foram ocupados a tirar fotografias e a filmar a bebé para mandar ao pai que estava longe. Este esperava notícias ansiosamente. Margarida crescia e com o tempo os seus olhos escureceram e pareciam duas pérolas negras, era a cara da mãe.



PS. Há quanto tempo não escrevo aqui, decidi que não perderia mais tempo. Tinha uma ideia que era um pouco inútil este blog, dado que eram sempre os mesmo que o liam e eram poucas pessoas, descobri então que estava redondamente enganada. Senti-me bem, senti que faço algo que as pessoas gostam, que sei fazer algo bem. Pelos vistos agora vão-me fazer um género de claque de apoio lol . Peço desculpa por não postar mais vezes, mas o tempo é escasso e sou demasiado perfeccionista em relação ao que hei-de escrever , nunca é um bom tema. A todos os meus leitores, obrigada :)

terça-feira, 2 de setembro de 2008

De onde vem a inspiração? Há quem diga que vem da raiva, da desilusão, do descontentamento, da revolta, há quem diga que vem do amor, do encantamento, do êxtase, da felicidade, da fantasia, do inesperado, da surpresa, do choque, da calma… eu sinceramente não sei de onde aparece ela, deixo apenas escrever o que me vai na alma. Tenho andado desligada da escrita estas férias, talvez não esteja a deixar a dita inspiração entrar.

Decidi que não podia mais deixar passar dias sem escrever, tinha que fazer um novo post antes de a escola novamente começar. Há dias andei a matutar, a fazer um género de balanço acerca das minhas férias. Entristeci-me. Fiz um género de estatística com tudo o que fiz durante as férias e os números tendiam para que tivesse perdido o meu tempo a limpar a casa. Senti-me frustrada, não as tinha aproveitado. Todos os momentos passados na praia, a rir, bem passados não queriam sobressair sobre os dias passados fechados em casa.

Foi então que à coisa de uma semana da escola começar que esses pensamentos pintados a negros voaram. Foi num Domingo, talvez o melhor dia que tive de férias, foi simplesmente perfeito. Já planeava aquele dia há já há algum tempo, afinal o David Fonseca vinha à Terceira. Este acontecimento não o podia perder, o meu desejo de o ver era muito maior que todos os pensamentos retrógados . Era como se fosse ver os beatles ao vivo . Fiz questão de estar nas primeiras filas. O concerto foi dos melhores que já tive e a companhia não podia ser melhor. No fim como forma de despedida disse algo como: aproveitem as férias para que sejam as melhores férias de sempre. Estive perto de trinta minutos na fila para o ver, para lhe pedir um autógrafo, nem que fosse num lenço. Melhor que isso aconteceu, falamos, tirei uma fotografia com ele e não foi preciso nenhum lenço rasca para o autógrafo. Estava eufórica, parecia daquelas miúdas fanáticas pelas just girls . Quando cheguei a casa ,este excerto da música “The 80’s” não me saía da cabeça :

"
I came in here just for the music
for all the things that it makes me feel
I came to exorcise my demons
to bury those days when only pain was real (…)
(…)maybe you think thaI i'm too old for dancing
you should have met me when I was sixteen

dance! you know what I mean
dance! like you were sixteen










Afinal só tenho dezasseis anos uma vez e vou “dançá-los” como tal. Apercebi-me que estas férias foram as melhores de sempre, como o David assim o disse. Todas as idas à praia, as touradas, os passeios, os jantares, os filmes, as conversas longas ao telefone, a ida a Lisboa que não foi má como andava a pintá-la, as noitadas no computador, o acordar tarde, as risotas, as festas pela metade da praia, todo o calor e a música fizeram as melhores férias de sempre.


David Fonseca- "the 80's"



Deliciem-se ;)

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Há quanto tempo não escrevo aqui, tenho estado um bocado longe do papel e da caneta. São tantas as coisas que queria escrever, mas não passam de ideias. Não passam de meros sonhos, às vezes tão difíceis de se concretizar. Tenho estado mal do estômago, demasiados acontecimentos para digerir. Sinto que falta algo em mim, não sei bem o quê. Talvez seja a tua ausência, talvez não… sempre lidei com ela. Talvez seja o teu fracasso com que esteja a ver que um dia serei igual a ti. Não quero, nem posso. Tenho falta de liberdade. Se calhar, se cá estivesses seria tudo diferente, não sei bem. Vejo os outros, porque não foi assim comigo? Porque tive de ser diferente? Não quero que pensem que sou mimada, não o sou, de todo. Mas sinto falta de não ter sido aconchegada por ti, não ter tido um beijo de boa noite antes de dormir, de um simples carinho. Agora é tarde, o passado já não volta. Sei que tentas ser o que não foste. Porque me sinto assim? Porquê tanta confusão nesta cabeça? Enfim. Sabes… tenho saudades tuas pai.

domingo, 20 de julho de 2008

Parabéns Bárbara :P

Parabéns para miiiiiiim :P Agora... sou uma menina grande :D O juízo continua o mesmo para grande pena da minha mãe que hoje também faz anos :P A partir de hoje, posso libertar a alcoólica que há em mim! :D:D (tou a brincar claro, sou uma rapariga muito responsável! ou não...) Parabéns também para ti Lisandra :)

segunda-feira, 30 de junho de 2008

José

Sete da manhã. Já o sol cumprimentava há pouco a lua e caminhava para o seu posto de trabalho, para iluminar mais um dia o mundo. Uma leve frisa se sentia no ar. Os pássaros saiam de seus ninhos e cantavam a glorificar o belo dia que estava a nascer. As flores começavam a abrir os seus olhinhos e a despirem-se, mostrando a todos as suas cores, as suas pétalas. A ruela cheirava a amores-perfeitos e a cal das suas casas.
Na esquina já se avistava José e a sua humildade. As suas roupas simples e cobertas de remendos. José era mais um sem-abrigo em Lisboa. Um entre tantos. Anteriormente era advogado, mas tudo o álcool levou. Levava uma vida simples, sem muitos luxos ao lado da mulher que sempre amou, a sua Margarida. Amava-a mais que tudo até que as “más companhias” como sua Guida dizia fizeram-no esquecer a vida que levava e entregou-se ao álcool. Quando caiu em si, já pouco ou nada tinha a fazer, a sua Margarida tinha caído de cama com uma depressão ao ver o trapo do marido e acabou por morrer. Este chorou amargamente. Já só tinha os copinhos de vinho de cheiro. Aos poucos a sua carteira tinha menos dinheiro, até que já não tinha dinheiro para pagar as dívidas até aí acumuladas, vítimas da sua má cabeça. A segurança social tirou-lhe a casa e foi assim que José entregou-se a esta vida.
Quem passava na rua que José “habitava” e ao ver aquele farrapo desprezavam-no, passavam-lhe ao lado, com o nariz levantado, fazendo-se despercebidas, outras por sua vez lamentavam a pobreza de José, e até haviam aquelas que lhe davam uma moedinha para não ficar mal ou pela sua consciência. As crianças olhavam José de baixo e passavam apressadas por ele, seguindo as recomendações das suas mães não fosse o pobre, violador. José já se habituara e ignorava os comentários mesquinhos e absurdos.
Tentava na medida do dia-a-dia apenas ter algo que comer. Chegar ao fim do dia com o estômago pelo menos, meio cheio. Às vezes iam lá pessoas que com pena dele lhe iam levar uma sopa quentinha e um bocado de pão. Outras vezes, encontrava no lixo carcaças de pão muito duro, restos de comida ainda proveitosa. De noite, se esta estava calma deitava-se num banco coberto de dois cobertores muito velhos mas quentinhos que alguém lhe anteriormente tinha dado. Era assim que José (sobre) vivia .



Não faço a menor ideia de como este texto vai continuar ( ou não).

domingo, 29 de junho de 2008

A causa da minha "inspiração"



Meus caros leitores, que tanto "goste" de vocês.


Após muitos pensamentos filosóficos encontrei a razão pelo qual não escrevo mais vezes! A minha inspiração é como o período! Só vem uma vez por mês. Outro dia por acaso, encontrava-me eu no computador quando senti os sintomas deste género de mestruação. O que fiz? sentei-me à espera que passase, sim foi o que fiz. Sinto-me realizada com o facto de ter encontrado a razão de escrever poucas vezes. Agora que escrevi... até daqui a um mês :P

(esta fotografia retrata bem o facto de estar extremamente contente com a minha nova descoberta. )

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Viver também cansa e se cansa!


Digam-me lá sentem-se felizes com a vida que têm? Com toda a sua monotonia? Com as idas do lar para a escola/trabalho e da escola/trabalho para casa? Sempre atarefados sem tempo para dispensarem para um pouco de divertimento? Fartos de resolver tantos problemas? Testes, testes e testes? Trabalhar para pagar contas? Pois… infelizmente é o mal de muita boa gente.
Se me perguntassem o que é ser feliz…. Diria que não há o ser feliz mas sim o estar feliz…
Encaro a felicidade como um estado de alma passageiro.
Não é fácil acordar com um sorriso na cara e deitar à noite com o mesmo. Há sempre pequenos ou grandes contratempos que nos aparecem ao longo do dia, mas também temos que saber lidar com eles e não tentar deixar que isso nos influencie e mais ainda aqueles que nos rodeiam.
Comparemos a nossa vida com uma janela. Com o tempo começa a sujar-se devido às condições meteorológicas, nuns dias Sol outros tempestade. Muitas vezes deixamos a janela suja sem tempo para a limpar e assim continua... a sujidade acumula-se e acumula-se até que um certo dia já não se consegue ver para fora nem para dentro dela. Se não cuidarmos dela, das fendas que aparecem, há-de chegar um dia que com o vento a mesma acaba por partir-se. E aí nada mais temos a fazer. Acabou-se. Partiu-se. Há-de se comprar outra. Pois bem, janelas compram-se, vidas não.
Cada vez mais, pessoas suicidam-se. Jovens a adultos. Cobardia ou como quiserem chamar matam-se na esperança de todo o sofrimento ter um ponto final, fartos de muitas vírgulas e pontos de interrogação. Compreendo-os e interrogo-me se será que isso lhes deu descanso. Há quem não os compreenda, talvez não saibam o que é sofrimento em demasia ou até saibam ultrapassar os problemas. Como diria uma música : “ Hoje muitos choram mas não desistem de viver, hoje muitos choram sorrindo”
Precisamos de muita esperança e fé. Apesar de todas as falsas promessas, palavras dissimuladas sem nexo, desenganos, desilusões, vivemos num mundo bonito.

Bmfe, 30 Maio 08

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Festas em louvor ao Senhor Santo Cristo em S. Miguel


Acho que só o título já me começa a “irritar”.

Bem, para não parecer muito nervosa, vou ver se consigo arranjar uma introdução jeitosinha:

De 26 a 28 de Abril decorreram as festas do Senhor Santo Cristo em S. Miguel , festas estas que atraem dezenas de milhares de pessoas ( segundo o DN) , não apenas da ilha como do resto do arquipélago e sobretudo dos Estados Unidos.

Prontos! Introdução mais que feita!

Ao criar esta post não é a minha intenção falar das festividades, da procissão e por aí a fora, como gastar neurónios ao tentar escrever um textozito rasca e muito menos magoar alguém. Na minha opinião as festividades não passam de uma farsa! Não pela festa em si e pela fé das pessoas que é de louvar, mas pelo facto de “todo o mundo” se juntar em São Miguel. Estou a tentar referir-me aos emigrantes como imigrantes que lá ão. Penso que a maioria não vai pela devoção, mas pelo passeio que dão usando pretexto como “ procissão do Sr. Santo Cristo”.

Meus queridos Terceirenses, para quem quer fazer “promessa” não precisam viajar para o fazer, pois temos a igreja do mesmo localizada na Praia Da Vitória e se querem uma localização mais chique... ao pé da clínica privada da Praia! Prontos, ok!

Não temos cá o parque atlântico, mas uma montanha de chineses que fazem o mesmo remato! E ainda para mais, não precisamos legendas / tradutor para descodificar o que dizem ao queremos apenas uma informação.

Enfim, esta é só a minha opinião, após postar por favor não me levem à forca xD

E peço desculpa se magoei indirectamente alguém.

Já agora: Viva as procissões das Lajes!

sábado, 5 de abril de 2008

Definição de amor.

Hoje, escrevo aqui algo que todos buscam, apesar de ser algo fragmentado e contraditório....o amor é o sentimento mais bonito do mundo. Não só o amor pela pessoa amada mas como pela família, pela vida, pelos amigos ou até mesmo pelo cão e gato lá de casa. – Mas afinal o que é o amor?

Amor é algo que ainda ninguém conseguiu definir concretamente. É algo profundo e sublime, algo que nasce naturalmente. É o acto mais sincero e verdadeiro.

Amor é como uma pequena borboleta, com todas as suas cores fá-la bonita, mas as suas pequenas asas tornam-na frágil. Amor não é a procura da pessoa perfeita. Não como nos contos de fadas, na vida real não existem príncipes e princesas encantadas. Há que encarar quem amamos como uma pessoa real e sincera. É amar pelos defeitos e qualidades O amor só é bonito quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que possamos ser.

É amar uma pessoa quer esteja erguida como fracassada. É não saber fazer mais nada do que amar essa mesma pessoa. Dar a vida para renascer noutra. É querer ter alguém sempre ao nosso lado, a cada momento da vida. É sorrir por nada. É abraçar com fervor. É saber perdoar. É a fusão de almas e corpos. É o querer ser apenas um. São as horas contadas, esperadas. É um olhar, um sorriso. É a certeza, a precisão. É a saudade sentida. É tudo isto e muito mais.

- Se isto não é amor, então digam-me o que é.

Sim, eu sei o que é amar e ser amada. Sinto-o.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Crónica.

Dez da Manhã.

Sentada no café “Terezinha”, espero por ser atendida. Folheio o jornal… criminalidade, desporto, cultura, notícias em última mão… ah! Os anúncios, como gosto de ler os anúncios! Aqui tudo de um pouco se encontra… empregos, bruxaria, cosmética, o aviso da missa do Tio José que morreu à espera de uma consulta de cardiologia. Anúncios deveres interessantes!

À minha frente está um senhor a beber uma bica e a comer um folhado, enquanto faz palavras cruzadas. Mais à frente está uma grande mesa com idosos a jogar “Dominó”, encontram-se aqui todos os dias aqui à mesma hora, é como um ritual… aqui não tem que gastar as suas míseras reformas para jogar (por enquanto) Sei que cada vez mais, esta realidade será menos vista, a partir do momento em que o Senhor Presidente de não sei o quê se lembrou que agora todos vamos trabalhar até morrer!

Nisto entra uma senhora muito arranjada, provavelmente com roupa do Lopes…Graças a Deus ainda há mulheres que conseguem vestir roupa de marca, unhas pintadas e cabelo sempre arranjado (só não sei como), pede um galão e bebe-o mais depressa que o diabo esfrega o olho e sai a correr.

Ah! Aí vem o meu café. Bebe-o devagar e com serenidade, saboreando cada gota. Isto sim é vida! Vida que cada pessoa deveria ter.

Pego na minha mala, pago e vou ver-o-mar (…)


Crónica realizada para um teste de avaliação de Português

sábado, 1 de março de 2008

Meu anjo.

Meu anjo

Anjo de olhos brancos

Tão brancos quanto a luz que me encadeia

Que me faz cegar neste amor


Somos dois anjos sentados em dois bancos

Esperando que o meu coração saia da cadeia

Sem sentir qual quer pudor


Quero ser o teu anjo, te cuidar

Quando tiveres as asas presas, te levitar

Quando caíres, te segurar

Quero ser eu o anjo que queiras amar


Aquilo que sinto por ti

Palavras não as sei encontrar

Espero que meu anjo

As saibas para mas poderes mostrar

Bárbara Estêvão

23 De Janeiro de 2008


A ti João, dedico-te este poema e todo o amor que tenho guardado no meu coração que é belo e puro assim como os teus olhos e sorriso.


sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Auto-biografia


Para começar e como não o fiz no primeiro post vou-me apresentar (uma coisa extremamente estúpida dado ao facto que quem lê este blog conhece-me).

Sou a Bárbara, tenho 15 anos (16..então não dizem que a partir do momento que o feto é gerado não é uma vida?) e sou apenas mais uma pessoa no mundo no meio de tantas outras.
Vivo no Paraíso (das vacas), nomeadamente na Terceira e na vila mais mexeriqueira que possa existir. Estudo ( na escola obviamente) estou na área de Humanidades, pretendo tirar psicologia criminal e quando acabar o meu curso vou para o desemprego. Ou talvez limpar as casas de banho do hipper.
Não sou filha bastarda, tenho mãe, pai ( que pelos vistos só o vejo de mês a mês) e uma estranha que vive cá em casa que dizem que é minha irmã (o que eu duvido muito).
Tenho apenas 15 anos , mas com "biografia a mais" como diria Manuel Alegre.
E não me vou caracterizar, pois como diz André Gide : "a análise psicológica deixou de me interessar desde o dia em que cheguei à conclusão de que cada um é o que imagina que é. Ate que ponto sou o que imaginei ser? ", logo iria pintar o meu auto-retrato com as cores que mais me convinha e pensaria que fossem as mais certas. Também teria de pintar o que já fui, o que sou.O que é difícil, pois o que fomos no passado já não o somos no presente. A vida muda as pessoas e a sua maneira de agir.
O que eu faço irá determinar o que eu sou. No princípio deste texto há uma foto minha, que só mostra os meus olhos. Dizem que os olhos são o espelho da alma (...)

BmFe

Mais uma vez...

29 De Fevereiro 2008
Queridos Leitores, ( que não sao mais de meia dúzia)

Pela terceira vez consecutiva estou criando um blog...
"Porquê mais um?!" Perguntam vocês e bem... Mais um dado ao facto que perco sempre as palavras passes dos outros blogs meus.

Atenção:
Não prometo postar todas as semanas,
Contem com que eu esqueça novamente a senha deste.

That's all folks !

Bárbara