terça-feira, 30 de dezembro de 2008



Boas noites.

Que raio hei-de escrever aqui? é uma pergunta pela qual faço-me sempre que quero postar algo no blog. O tempo nem sempre é muito e o que resta está sempre ocupado. Quero tempo para ler os post da Andreia! Sou completamente esquecida e esqueço-me deste espaço, nem me passa pela ideia.
De vez enquanto vêm-me perguntar: “ Então quando pões algo novo no blog ? “ Boa pergunta.

Será que hei-de falar da monotonia da vida? Das minhas arritmias? Do meu pânico a ligar instrumentos eléctricos à luz? Do Natal e da rua de Jesus? Das minhas tristezas ou das minhas alegrias? Da camisa que vi na montra da modalfa ? Hoje vou escrever algo diferente… enquanto andava eu a fazer hora para ir para o conservatório (sim, porque para quem não sabe agora ando no conservatório a tirar canto, embora acho que burro velho não aprende línguas … por acaso é fascinante o facto de ter aula de formação musical com miúdos do 5º ano e conseguir camuflar-me lá e eles perceberem mais daquilo do que eu . Das primeiras aulas perguntaram-me à saída da sala: “ Estás no sétimo ano ?” Aí está o facto evidente que demonstra que sou um camaleão ao lado dos miúdos da aula de formação musical . Fiquei de boca aberta quando me questionaram tal coisa, sei que sou pequena , mas pronto. Acreditem que fiquei a matutar naquilo durante bastante tempo e só me apeteceu chegar a casa e questionar a minha mãe : “Mãe porque nunca me compraste danoninhos ? “ Enfim. ) fui ao blog do David Fonseca e li que está então a fazer um leilão das suas all star, do megafone e do seu blazer que usou no concerto no Coliseu para angariar fundos para a AMI em colaboração com a Rádio Comercial. Achei algo mesmo incrível e positivo. O leilão já vai em 200 e tal euros, invejo mesmo quem ficar com as all star, enfim.

Queria fazer o último post de 2008 e aqui está.
Desejo por fim a todos os meus leitores um próspero Ano Novo, que entrem em 2009 com o pé direito e ah! Não bebam muito na noite de 31 para não começarem o ano ressacados, com dores de cabeça, apenas um concelho de amiga, aqui a Bá como não gosta de champanhe e não sou grande amante de bebidas alcoólicas vai ter com certeza um início de ano espectacular ao contrário de muitos que irão o passar o dia na cama maldispostinhos.

Quando ao ditado “Ano novo, vida nova” este não se vai aplicar ao meu blog, vou continuar pachorrenta para postar, ter imensas coisas para fazer e nem me passar pela ideia o blog, enfim o costume.

Se são amantes do Zodíaco aqui está o endereço do sapo http://astrologia.sapo.pt/previsoes/previsoes-2009/dossiers.html

Onde poderão saber o que 2009 vos reserva, ou não.

Enfim, vou-me calar por agora, até ao próximo ano meus amigos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

E tudo o vento levou


Estamos neste Mundo de passagem, o que nos é mais certo na vida é a morte, ninguém ficará cá. Para quem acredita e se para uns serve de consolo, a morte é só um começo. O começo de uma nova vida sem aflições, sofrimento ou algo que valha. De que importa todas as coisas fúteis no mundo? De que servem todos os mal-entendidos? De que vale ter um palacete e viver com o materialismo acima de tudo? Nada, de nada nos vale. Tudo é passageiro e tem um fim. De nada levamos connosco quando partimos deste mundo, sejamos crentes em Deus ou não. Levamos somente aquilo que fomos e praticámos na nossa vida. Que todos fossem humildes e se lembrassem disto todos os dias da sua vida, mas a verdade é que só lembram quando acompanham alguém falecido ou na maior das aflições. Nada nos vale ser gananciosos, ter tudo melhor que tudo e que todos, passar por “cima” das pessoas, ser um Senhor Doutor, ou uma Senhora Doutora se não é isso que transmite e faz de nós o que realmente somos.
Achei por bem desabafar aquilo que hoje sinto e penso com todos aqueles que lêem aquilo que escrevo, talvez eu vos consiga transmitir o que me vai na alma. Hoje leram na missa de corpo presente a Primeira Leitura de São Pedro, achei-a lindíssima e quero vos transmitir :


O Senhor é meu Pastor nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados.
Conduz-me às águas refrescantes
E reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas
Por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales
tenebrosos,
Não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
O vosso cajado e o vosso báculo me enchem de confiança.

Para mim preparais a mesa
À vista dos meus adversários;
Com óleo me perfumais a cabeça
E meu cálice transborda.

A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
Todos os dias da minha vida.
E habitarei na casa do Senhor
Para todo o sempre.

Vou ter saudades tuas João da Silva Ferreira, ou melhor… meu querido avô, que Deus te dê o descanso eterno ao seu lado, assim seja.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Andava eu a vasculhar o meu Blacky (nome do meu portátil, fofo né?) quando encontrei um género de diário do dia e decidi elaborá-lo em que se tornou nisto :

Agualva-Cacém

Quinta-feira, 24 de Julho de 2008

Já o Sol estava no alto quando me dignei a levantar da cama, eram 11 horas em todo Continente, Madeira e menos uma hora nos Açores. Acordei fazendo as caretas do costume e quando olhei para o relógio pensei:

“ 11 Horas? só?! Bárbara hoje acordaste cedo”

Sim, porque para acordar às 11 da manhã, para mim é relativamente muito cedo. Levantei-me da cama ainda com um olho aberto e outro fechado e caminhei até à cozinha, depressa verifiquei que me tinham abandonado, estava sozinha em casa – “Fixe”- foi o que pensei.

Achei por bem baixar o som da televisão que a vizinha do andar de cima ouvia sem querer o programa do Goucha ( sr. Amândio acha que toda agente ouve mal como ele )

Fiz o meu habitual cafezinho e bebi-o sem mais nada… é o que faz ir de férias com dois homens sem tarelo que não sabem que o pequeno-almoço é a refeição mais importante do dia e que acham por bem dar café às “crianças”.

A minha paz e sossego depressa terminou – A Joana chegou com o meu pai.

Trouxeram-me o que lhes tinha pedido para o almoço, achei por bem ser eu a fazê-lo, quando verifiquei que não me tinham trazido manteiga , enfim.

Comecei então a fazer o almoço – Galinha de Natas no forno.

Comecei por lavar a galinha, retirar-lhe as peles (que sabe-se lá onde estas galinhas alfacinhas andaram) e “deitá-la” sob o piréx. Dispus a cebola e por aí a fora (mais não conto que o segredo da minha galinha no forno irá comigo para o caixão! Salvo seja!)

O papá veio acender o fogão enquanto me fui vestir. Um aroma a esturro entrava pelo quarto a dentro, pensei eu: “ eu ainda nem pus a galinha no forno? “ Pois, o fogão de “tanto uso” tinha um cheiro característico, que sinceramente não o vou retratar aqui. A Joaninha deu-se ao desplante de pôr a mesa, o senhor meu Pai de fazer a salada e o puré. Tudo estava pronto para o almoço, foi então que o meu avô chegou.

Sentámo-nos na mesa a olhar para a minha galinha - que bom aspecto que tinha. Cada um se serviu e quando perguntei ao meu avô: “Então avô, que tal?” ele respondeu : “ uma coisa, não estou habituado a estes sabores”. Fiquei com o meu olhar sarcástico “ Uma COISA?! “ (Cá para mim ele não quis dar o braço a torcer ao dizer o quanto estava saborosa a galinha, enfim…)

Isto foi o relato do meu almoço deveras interessante (ou não…)

De seguida, fomos até à garagem… garagem esta a uns bons metrinhos de distância de casa, não como se vêm as garagens nas ilhas, só saltar da janela do quarto e já lá estamos. Para lá chegar é preciso primeiro passar por uma ruazinha, atravessar uma ponte que por baixo flui um género de ribeira, se é que se pode chamar tal coisa, imunda, cheia de cisco. Ao seu redor andam de volta os “pretos” característicos do Cacém (sim porque o Cacém parece a Terra das Oportunidades para as pessoas oriundas de África) a fumar que nem porquinhos, algo deveras interessante que complementa a paisagem da ribeira cheia de lixo. Tirámos o carro da garagem e fomos em rumo a Sintra, ou melhor, primeiro fomos ao cemitério.

Fui pela primeira e última vez ver a minha avó Bárbara, mas não é algo que com certeza queiram ler, nem eu relatar, por isso passando à frente fomos até Sintra, mas até lá chegar grande polémica que foi.

O papá já não estava habituado a tantas estradas, que na Terceira a única que existe e que toda gente conhece é a Recta da Achada, se é que se pode chamar recta, que com tanta curva e contracurva a tentar desviar dos buracos… mas enfim… já estou a fugir ao assunto. Como estava eu a dizer… o senhor Rui meteu-se na estrada errada - e para voltar para traz? Acreditem, não queiram meter-se na estrada errada que para voltar para traz é um cabo dos trabalhos.

Chegando a Sintra, fomos até ao palácio das Chaminés ou Palácio de Sintra, que pelo nome pensava eu ter muitas chaminés, afinal o nome provém porque tem duas enormes chaminés. (informação disponibilizada pelo Joãozinho quando cá veio mês antes de mim)

Bem, o palácio é mesmo muito bonito, se não o mais bonito que vi (dado que não fui ao da Pena). Que mais posso eu dizer sobre este palácio? Foi utilizado pela família real portuguesa até ao final da monarquia em 1910 e lá dei ou ia dando um grandessíssimo de um malho que montes de turistas oriundos da Alemanha, Inglaterra e do Cu de Judas ficaram todos a olhar para mim. De facto é deveras interessante a maneira como consigo captar a atenção das pessoas todas para mim, mas quiçá. De seguida fomos ao castelo dos Mouros, onde o carro não conseguia arrancar porque ficou preso sabe-se lá onde num passeio e um turista muito simpático veio ajudar a empurrar o carinho… (aventuras não faltaram neste meu dia )

Mais uma vez tive quase a cair, o castelo é deveras interessante mas não recomendo a pessoas como eu – desastradas – que tornei a cair.

De Volta a casa, não passamos pelo castelo da Pena que ficava pertíssimo, indo então em rumo até à praia do Guincho, em que a minha avó ficaria completamente de boca aberta e mandava rezar uns quantos Pai-nossos por todas as mulheres de mamas ao leu. A praia do Guincho é caracterizada pelos rapazolas que fazem surf , windsurf e por aí a fora. A água é tão gelada que o frio chega aos ossos. Lá bebi um ice tea e quando fui para pagar fiquei estupefacta com o preço – 1.70 €. Merendámos lá os famosos travesseiros de Sintra que o meu pai tanto gosta e eu acho que são apenas folhados.

De seguida fomos até Cascais – a terra dos ricos. É um género de Porto Martins, se é que há comparação.

E bem meus amigos é o que me lembro que de seguida só me lembro de acordar já no Cacém e cheia de sede, pois adormeci de boca a aberta -- que deve ter sido algo deveras interessante a todas as pessoas que me virem em tais figuras, enfim, não fosse eu a Bárbara.

De volta a casa, aterrei redondinha na cama e quando me levantei já o jantar estava no prato. De seguida fui ao meu momento prefiro do dia – assim que bate as 10 horas em Lisboa estou pronta para receber a chamada do Joãozinho que levará (pelo menos) duas horas de duração ( e falo a sério ) e bem… amanhã é outro dia, mais aventuras me esperam ( ainda mais )

Boa noite Bárbara, dorme bem (:


ps. Eu bem que faço parágrafos, eles é que são teimosos a aparecerem.