segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Andava eu a vasculhar o meu Blacky (nome do meu portátil, fofo né?) quando encontrei um género de diário do dia e decidi elaborá-lo em que se tornou nisto :

Agualva-Cacém

Quinta-feira, 24 de Julho de 2008

Já o Sol estava no alto quando me dignei a levantar da cama, eram 11 horas em todo Continente, Madeira e menos uma hora nos Açores. Acordei fazendo as caretas do costume e quando olhei para o relógio pensei:

“ 11 Horas? só?! Bárbara hoje acordaste cedo”

Sim, porque para acordar às 11 da manhã, para mim é relativamente muito cedo. Levantei-me da cama ainda com um olho aberto e outro fechado e caminhei até à cozinha, depressa verifiquei que me tinham abandonado, estava sozinha em casa – “Fixe”- foi o que pensei.

Achei por bem baixar o som da televisão que a vizinha do andar de cima ouvia sem querer o programa do Goucha ( sr. Amândio acha que toda agente ouve mal como ele )

Fiz o meu habitual cafezinho e bebi-o sem mais nada… é o que faz ir de férias com dois homens sem tarelo que não sabem que o pequeno-almoço é a refeição mais importante do dia e que acham por bem dar café às “crianças”.

A minha paz e sossego depressa terminou – A Joana chegou com o meu pai.

Trouxeram-me o que lhes tinha pedido para o almoço, achei por bem ser eu a fazê-lo, quando verifiquei que não me tinham trazido manteiga , enfim.

Comecei então a fazer o almoço – Galinha de Natas no forno.

Comecei por lavar a galinha, retirar-lhe as peles (que sabe-se lá onde estas galinhas alfacinhas andaram) e “deitá-la” sob o piréx. Dispus a cebola e por aí a fora (mais não conto que o segredo da minha galinha no forno irá comigo para o caixão! Salvo seja!)

O papá veio acender o fogão enquanto me fui vestir. Um aroma a esturro entrava pelo quarto a dentro, pensei eu: “ eu ainda nem pus a galinha no forno? “ Pois, o fogão de “tanto uso” tinha um cheiro característico, que sinceramente não o vou retratar aqui. A Joaninha deu-se ao desplante de pôr a mesa, o senhor meu Pai de fazer a salada e o puré. Tudo estava pronto para o almoço, foi então que o meu avô chegou.

Sentámo-nos na mesa a olhar para a minha galinha - que bom aspecto que tinha. Cada um se serviu e quando perguntei ao meu avô: “Então avô, que tal?” ele respondeu : “ uma coisa, não estou habituado a estes sabores”. Fiquei com o meu olhar sarcástico “ Uma COISA?! “ (Cá para mim ele não quis dar o braço a torcer ao dizer o quanto estava saborosa a galinha, enfim…)

Isto foi o relato do meu almoço deveras interessante (ou não…)

De seguida, fomos até à garagem… garagem esta a uns bons metrinhos de distância de casa, não como se vêm as garagens nas ilhas, só saltar da janela do quarto e já lá estamos. Para lá chegar é preciso primeiro passar por uma ruazinha, atravessar uma ponte que por baixo flui um género de ribeira, se é que se pode chamar tal coisa, imunda, cheia de cisco. Ao seu redor andam de volta os “pretos” característicos do Cacém (sim porque o Cacém parece a Terra das Oportunidades para as pessoas oriundas de África) a fumar que nem porquinhos, algo deveras interessante que complementa a paisagem da ribeira cheia de lixo. Tirámos o carro da garagem e fomos em rumo a Sintra, ou melhor, primeiro fomos ao cemitério.

Fui pela primeira e última vez ver a minha avó Bárbara, mas não é algo que com certeza queiram ler, nem eu relatar, por isso passando à frente fomos até Sintra, mas até lá chegar grande polémica que foi.

O papá já não estava habituado a tantas estradas, que na Terceira a única que existe e que toda gente conhece é a Recta da Achada, se é que se pode chamar recta, que com tanta curva e contracurva a tentar desviar dos buracos… mas enfim… já estou a fugir ao assunto. Como estava eu a dizer… o senhor Rui meteu-se na estrada errada - e para voltar para traz? Acreditem, não queiram meter-se na estrada errada que para voltar para traz é um cabo dos trabalhos.

Chegando a Sintra, fomos até ao palácio das Chaminés ou Palácio de Sintra, que pelo nome pensava eu ter muitas chaminés, afinal o nome provém porque tem duas enormes chaminés. (informação disponibilizada pelo Joãozinho quando cá veio mês antes de mim)

Bem, o palácio é mesmo muito bonito, se não o mais bonito que vi (dado que não fui ao da Pena). Que mais posso eu dizer sobre este palácio? Foi utilizado pela família real portuguesa até ao final da monarquia em 1910 e lá dei ou ia dando um grandessíssimo de um malho que montes de turistas oriundos da Alemanha, Inglaterra e do Cu de Judas ficaram todos a olhar para mim. De facto é deveras interessante a maneira como consigo captar a atenção das pessoas todas para mim, mas quiçá. De seguida fomos ao castelo dos Mouros, onde o carro não conseguia arrancar porque ficou preso sabe-se lá onde num passeio e um turista muito simpático veio ajudar a empurrar o carinho… (aventuras não faltaram neste meu dia )

Mais uma vez tive quase a cair, o castelo é deveras interessante mas não recomendo a pessoas como eu – desastradas – que tornei a cair.

De Volta a casa, não passamos pelo castelo da Pena que ficava pertíssimo, indo então em rumo até à praia do Guincho, em que a minha avó ficaria completamente de boca aberta e mandava rezar uns quantos Pai-nossos por todas as mulheres de mamas ao leu. A praia do Guincho é caracterizada pelos rapazolas que fazem surf , windsurf e por aí a fora. A água é tão gelada que o frio chega aos ossos. Lá bebi um ice tea e quando fui para pagar fiquei estupefacta com o preço – 1.70 €. Merendámos lá os famosos travesseiros de Sintra que o meu pai tanto gosta e eu acho que são apenas folhados.

De seguida fomos até Cascais – a terra dos ricos. É um género de Porto Martins, se é que há comparação.

E bem meus amigos é o que me lembro que de seguida só me lembro de acordar já no Cacém e cheia de sede, pois adormeci de boca a aberta -- que deve ter sido algo deveras interessante a todas as pessoas que me virem em tais figuras, enfim, não fosse eu a Bárbara.

De volta a casa, aterrei redondinha na cama e quando me levantei já o jantar estava no prato. De seguida fui ao meu momento prefiro do dia – assim que bate as 10 horas em Lisboa estou pronta para receber a chamada do Joãozinho que levará (pelo menos) duas horas de duração ( e falo a sério ) e bem… amanhã é outro dia, mais aventuras me esperam ( ainda mais )

Boa noite Bárbara, dorme bem (:


ps. Eu bem que faço parágrafos, eles é que são teimosos a aparecerem.

4 comentários:

Anônimo disse...

Ah muito bem, gostei de ouvir esse relato de uma Bárbara Estêvão em viagem. E já vi que nem aí fora perdes os teus hábitos de viagem xD
Até me sinto importante com a parte do momento mais importante do dia :P

Está engraçado o post, continua a escrever. Pelo menos mais um post antes do Natal sim? :)

Beijinhos, fica bem

Anônimo disse...

Muito giro! Gostei bastante da maneira como abordaste um dos teus dias de férias. Mas a parte que gostei mais foi do nome do teu portátil: "Blacky" que fofinho, é mesmo querido.

Bjs e continua a escrever!

Anônimo disse...

Muitissimo Bem!!!!! O teu novo post tá mt giro, tá interessante e até se pode dixer ke tem um lado pedagógico...axo eu... bem, mas tá realmente mt engraçado. Fico à espera das próximas aventuras da Bárbara, a aventureira!!!! hehe
Beijinhos, força!!

Anônimo disse...

Essa viagem deu que falar, com as coisas tolas que o avô dizia como : - As vacas comem galinhas -.-
- Um queijo especial para as tostas
- Uma leiteira ser uma casa de banho!
Enfim ... Fui uma viagem fantástica !

O teu relato da viagem está giro :D
Gostei da parte de dormires de boca aberta e ficares com ela seca !! Nesse dia estava super apertada e estava um final enormíssima de carros ! E depois subir aquelas escadas todas , nem me quero lembrar ! hehe ;P
Bem já disse e volto a dizer que o relato da viagem está giro :]

Beijinho irmã , mais tola xD


PS: Quanto a galinha ... Também não foi a minha favorita mas comia-se xS